Embora reconheça que mesmo
na ausência de direitos de propriedade intelectual o trabalho criativo deva
continuar existindo, Robert Merges destaca que não há como tratar todos os
trabalhos criativos como de mesma qualidade. Para o que denomina de “trabalho criativo profissional” os
direitos de propriedade intelectual continuarão sendo uma peça importante para
sua promoção. Não se trata de uma escolha entre os dois modelos: proprietário e
livre: “Uma diminuição marginal da
cultura digital livre é simplesmente o preço que temos de pagar para manter a
classe de profissinais criativos”[1].
John Bohannon[2]
elaborou um artigo científico falso sobre as propriedades supostamente
anticancerígenas de uma molécula supostamente extraída de um líquen e enviou
esse trabalho para 304 revistas científicas de acesso aberto ao redor do mundo,
das quais mais da metade aceitaram sua publicação, entre as quais periódicos publicados
pela Sage, Kluwer e Elsevier, ainda que houvesse falhas metodológicas consideradas
graves no artigo.
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