O inglês William Perkin com apenas
18 anos, aluno do curso de química no Royal College de Londres estava
pesquisando um processo químico para produção de quinina, medicamento usado
contra a malária, quando acidentalmente descobriu em 1856 a anilina púrpura,
também conhecida como malvaína, que substituía o corante natural malva.[1]
Perkin patenteou sua invenção que se tornou um sucesso comercial no mundo da
moda. A malvaína é considerada a primeira síntese de um composto orgânico e que
foi acompanhado por muitos processos semelhantes que levaram a diversos
pigmentos coloridos. [2] A invenção de
Perkin baseara-se numa suposição incorreta: a combinação de duas moléculas de
aliltoluidina na presença de um agente oxidante, como o dicromato de potássio,
para suprir oxigênio extra levaria a formação da quinina. No entanto, as
estruturas da aliltoluidina e da quinina não permitem a transformação de uma
molécula em outra[3].
Perkin obteve a malvaína, quimicamente muito diferente da quinina que buscava.[4]
[1] MOKYR, Joel. The lever
of riches: technological creativity and economic progress, Oxford University
Press, 1990, p.119; MOSLEY, Michael.Uma história da ciência. Rio de Janeiro:Zahar,
2011, p. 13
[2] COUTEUR, op.cit, p.160
[3] COUTEUR, op.cit., p.306
[4]https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Perkin
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