domingo, 26 de novembro de 2017

Equivalência na Holanda

A Suprema Corte (Hoge Raad) definiu a doutrina de equivalentes em Philips v. Tasseron (20 junho de 1930 (NJ 1930/1217) pelo qual o escopo de uma reivindicação é delimitado plea “essência da invenção” “het wezen van de vitvinding”. Esta abordagem permite um escopo mais amplo que o literal. Apesar da introdução do Protocolo 69 da EPC as cortes holandesas permaneceram relutantes em abandonar o conceito de “essência da invenção”. Esta posição mudou em Ciba Geigy v. Oté Optics (NJ 1995/391) quando a Suprema Corte alterou sua ênfase da essência da invenção para o “conceito inventivo por detrás da reivindicação” “de achter de woorden van de conclusies legende uitvindingsgedachte”. Quatro fatores devem ser considerados: 1) o interpretar os termos da reivindicação a Corte deve  determinar a essência da invenção, em outras palavras, considere o conceito inventivo através dos termos da reivindicação, 2) esta interpretação precisa ser corrigida para dar um razoável grau de certeza para terceiros, o que pode muitas vezes justificar uma interpretação restrita, literal da reivindicação, 3) o técnico no assunto pode usar o prosecution file para interpretar a reivindicação, porém usar esta informação com restrições, 4) todas as demais circunstâncias devem ser levadas em conta incluindo possíveis natureza disruptiva da invenção, o que justiça um escopo mais amplo. Em Lely v. Delaval de 7 de sembro de 2007 a Suprema Corte esclareceu que a essência da invenção nada mais é que um ponto de vista e não um ponto de partida para análise do escopo da reivindicação, porém em Medinol v. Abbott demonstra que este ponto de vista é apesar disso dominante na avaliação: “a possibilidade de proteção adicional por equivalência será limitada, n medida em que equivalentes conhecidos do técnico no assunto  já tenham sido envolvidos da interpretação contextual da reivindicação na data de prioridade”. Para avaliação da infração não literal as Cortes holandeses aplicam o test de função/meios/resultados, uma vez que a variação não literal atinge a mesma função, e leva a resultado similar usando meios similares. [1]



[1] ENGLAND, Paul. The scope of protection of patente claims in Europe and the UPC, Journal of Intelllectual Property Law & Practice, 2016, v.11, n.9, p.693

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