Elias Howe obteve patente US4750
para uma máquina de costura combinando agulhas, com orifícios nas pontas, em
lados opostos de um tecido. Isaac Singer patenteou diversos aperfeiçoamentos
que tornaram a máquina de Howe operacional, entre os quais o acionamento a
pedal, o funcionamento vertical da agulha e uso de uma roda serrilhada para
fazer avançar o tecido a cada ponto[1].
Ao todo a máquina de costura possuía dez invenções consideradas essenciais das
quais Singer possuía apenas duas das patentes.[2]
Um não poderia utilizar a patente do outro sem autorização, o que impedia a
fabricação de uma máquina aplicando os conceitos das patentes de Howe e Singer.
Ao final em 1856 ambos chegaram a um acordo pelo qual Singer concordava em
pagar a Howe direitos pela fabricação das máquinas de costura, uma taxa de 15
dólares para cada máquina de costura vendia era destinada a um fundo comum. [3]
As vendas de máquina de costura que em 1853 eram de apenas 2200 chegaram a
cerca de meio milhão de unidades em 1870.[4]
Os desenvolvimentos de Singer prosseguiriam com a primeira máquina na qual a
agulha se movia para cima e para baixo em vez de se mover de um lado ao outro,
além de ser introduzido o pedal deixando as mãos livres para conduzir o tecido,,muito
embora na Inglaterra fosse considerado anti feminino o uso de pedais e perigosa
para os tornozelos, além de suspeitas de que prejudicasse a fertilidade das
mulheres[5].
[1] READERS'S DIGEST,
História dos grandes inventos, Portugal, 1983, p.204
[2] POTTAGE, Alain;
SHERMAN, Brad. Figures of invention: a history of modern patent law. Oxford
University Press, 2010, p.38
[3] CAMP, Sprague. A
história secreta e curiosa das grandes invenções.Rio de Janeiro:Lidador, 1964,
p. 128; POTTAGE, Alain; SHERMAN, Brad. Figures of invention: a history of
modern patent law. Oxford University Press, 2010, p.38
[4] MOKYR, Joel. The lever
of riches: technological creativity and economic progress, New York:Oxford
University Press, 1990, p.142
[5]
READER’S DIGEST, Revolução na indústria de 1810 a 1855, Rio de Janeiro: Reader’s
Digest, 2011,p. 81
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