Michael Blakeney analisa as possibilidades de patentes no
setor de artes plásticas.[1]
Em 1960 o artista francês Yves Klein obteve uma patente para uma técnica que
permite que modelos nus cobertos com tinta conhecida como International Klein
Blue (IKB) pudessem atuar como pinceis humanos sobre uma tela branca. Uma
amostra realizada em 2013 na California apresentou diversas técnicas objeto de
patente em artes plásticas. Um pioneiro da relação entre arte moderna e
patenteamento foi Richard Buckminster Fuller (1895-1983) que descreveu uma
série de 24 invenções patenteadas no seu trabalho Inventions: twelve around one. Algumas das patentes mencionadas por
Blakeney incluem US9925825 para bolsa para transporte de pinceis, US9994714 para
método para replicar a pigmentaão de obras de arte originais usadas em
trabalhos de restauração, US9986817 pincel para traços precisos, US9931886
paleta de pintura de fácil armazenamento, US9995004 papel específico para
pintura, US9747821 método para produção de obras de arte tridimensionais, US6002405
método para criação de desenhos em perspectiva, US20120135504A1 trata de método
que usa cogumelos como matérua primapara obras de arte, entre outras. O artista
norte americano nascido no Brasil Eduardo Kac desenvolveu técnicas para criação
de coelhos transgênicos GFP Bunny obtidos com a combinação do DNA do coelho com
o de uma água viva fosforescente, como forma de arte, ou Bioarte. O prêmio
Nobel de química em 2008 foi concedido a Osamu Shimomura pelos seus trabalhos
no desenvolvimento de uma proteína fluorescente verde GFP. Michael Blakeney
observa que a antiga dicotomia entre obra de arte pura e aplicada se desfaz
quando se trata de arte moderna, pois em grande parte a arte moderna envolve
uma ação humana que se enquadra dentro do conceito de uma patente.
[1] BLAKENEY, Michael.
Contemporary art and patentes, Queen Mary Journal of Intellectual Property,
july 2019, p. 244-261 https://www.elgaronline.com/view/journals/qmjip/9-3/qmjip.2019.03.01.xml
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