segunda-feira, 20 de junho de 2022

Propriedade industrial na Brasilata

 

A Brasilata, por exemplo, empresa no setor de embalagens de aço, se enquadraria na taxonomia proposta por Pavitt como um setor dominado por fornecedores, cuja tecnologia quase sempre é desenvolvida pelos fabricantes de máquinas e equipamentos fornecedores desta indústria. Trata-se de uma indústria madura em que as tecnologias de tampas para latas de aço, por exemplo, remontam a patentes do início do século. Ainda assim a Brasilata conseguiu implementar uma política pró-ativa de promoção de novas tecnologias de produto a partir dos anos 90, atípica para empresas de seu setor, tendo sido depositados 32 pedidos de patentes desde então.[1]

O primeiro contrato de licenciamento de latas redondas para tintas com a tecnologia de Fechamento Plus desenvolvido pela Brasilata MU7400485 (posteriormente modificada a natureza para patente de invenção) foi assinado em março de 2000, com empresa Renda do Recife. Em abril de 2003 a Brasilata assinou com o grupo Zapata, o maior fabricante mexicano de latas de aço, o seu primeiro contrato de licenciamento internacional, de onde espera entrar no mercado norte americano, para tanto a empresa conseguiu patente nos Estados Unidos para a mesma tecnologia.

O aço brasileiro tem sido taxado no mercado norte-americano e europeu, por isso a Brasilata espera exportar sua tecnologia como aço processado, escapando desta forma das penalizações impostas ao aço in natura. As patentes norte americanas (US5899352) e europeia (EP706468) foram decisivas para adoção desta estratégica exportadora pela empresa.



[1] BARBIERI, José Carlos. Organizações Inovadoras: estudos e casos brasileiros., Rio de Janeiro: FGV, 2004, p. 10, 80

 

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