quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Clareza e ambiguidade

Em In re McAward (PTAB 2017) a patente reivindica um detector de vazamentos de água que é facilmente conectável a mangueiras flexíveis e pode ser conectado a monitores a partir de fontes quentes ou frias e em que ”o detector de água é configurado para ser instalado de forma segurapor um instalador não treinado e por não exigir serviços de um bombeiro hidráulico ou eletricista para sua instalação”. A Corte distrital considerou tal limitação como indefinida pela seção 35 USC 112 parágrafo segundo porque não é descrita uma estrutura ou aparelho que permita tal configuração por instalador não treinado.  À luz da decisão da Suprema Corte em Nautilus o PTAB confirmou que a reivindicação não tinha clareza (indefiniteness). O PTAB confirmou que o padrão a ser usada é o de uma interpretação o mais ampla e razoável (broadest reasonable interpretation BRI) conforme Philips v. AWH 415 F.3d 1303 9Fed. Cir. 2005) e confirmado pela Suprema Corte em Cuozzo Speed Techs v. Lee 136 (S.Ct. 2131 (2016)). Citando In re Packard o PTAB observa que o padrão de clareza seguido pelo escritório de patentes ao conceder a patente é diferente do usado nos tribunais: “as diferentes abordagens quando à falta de clareza indefiniteness diante do USPTO e dos tribunais decorrer não de interpretação divergentes da seção 112 mas devido aos diferentes papéis que o USPTO e os tribunais exercem no sistema de patentes. O limiar mais baixo faz sentido diante do exame de patentes porque o processamento administrativo da patente está em desenvolvimento e não é algo fixo, o escritório interpreta as reivindicações de forma ampla durante este período, e o depositante pode emendar livremente suas reivindicações”. Nesse sentido a reivindica não tem clareza porque tenda definir a estrutura do detector de vazamentos pelo nível exigidio do instalador, sendo tal nível ambíguo e vago. [1]



[1] http://www.patentdocs.org/2017/08/in-re-mcaward-ptab-2017.html

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