Nos Estados Unidos, em maio de 2008, uma decisão judicial condenou
o norte americano Larry Proctor por prática de biopirataria. O empresário, dono
de uma empresa de sementes, encontrou no México um feijão amarelo, que adquiriu e plantou no Colorado. Em seguida,
afirmando que o feijão seria o resultado de cruzamentos únicos no mundo,
batizou-o no USPTO com o nome da mulher e patenteou-o em 1996 como feijão Enola
(US5894079). Quando as empresas mexicanas começaram a exportar esse feijão para
os EUA a Proctor exigiu o pagamento de 60 centavos de dólar por cada libra de
feijão importada, para proteger o seu mercado. Os agricultores mexicanos não
podiam pagar e as importações sofreram uma forte queda. Desde 2001, a FAO e o
Centro Internacional para a Agricultura Tropical (CIAT) têm tentado recuperar a
patente do feijão, e conseguiram provar que o “feijão Enola” era uma espécie já
conhecida e identificada no banco de sementes do CIAT situado na cidade
colombiana de Cali e que possui a maior reserva de feijão do mundo, com mais de
35 mil variedades [1]
[1] Biopirataria sofre revés nos EUA
mai. 2008 http: //www.esquerda.net/content/biopirataria-sofre-rev%C3%A9s-nos-eua.
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