Para Jeremy Phillips o modelo de proteção patentária de Veneza
inspirou o modelo inglês. Em sua petição de 1559 à rainha Elizabeth I o inventor
Jacobus Acontius pleiteia proteção para
suas invenções uma vez que “é justo que
os inventores sejam recompensados e protegidos contra terceiros ao fazer lucro
de suas invenções”.
Para Jeremy Phillips este mesmo Jacobus apareceria como titular de uma patente
concedida na República de Veneza em 1545 referente a moinhos.
Christine MacLeod mostra que o modelo inglês teve inspiração na legislação
italiana. Artesãos emigrantes italianos, procurando proteção contra a
competição locale as restrições das guildas como condição para transmitir seus
conhecimentos, disseminaram seus conhecimentos sobre o sistema de patentes por
toda a Europa. Seis das nove patentes guaradas no Arquivo de Bruxelas foram
concedidas a italianos. Não por coincidência os primeiros registros de patentes
em diversos países europeus foram concedidos para fabricantes de vidro,
tecnologia dominada pelos venezianos. Escrevendo para Thomas Cromwell a partir
de Nápoles em 1537, o Sir Antonio Guidotti propõe um esquema para trazer
tecelões italianos de seda para a Inglaterra no qual um privilégio de vinte
anos deveria ser concedido ”de modo que
nenhum homem dentro do reino possa fazer ou mandar fazer este tipo de trabalho,
exceto se sob meu nome”. Em carta de 1549 Si Thomas Smith se refer a
prática de Veneza de concessão de patentes como forma de recompensar “cada homem que trouxer uma nova técnica em
que o povo possa trabalhar”.
O jurista, teólogo e engenheiro Jacobus Acontius
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