quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Open Innovation e patentes

Algumas das iniciativas de open innovation incluem empresas como Philips, Siemens, Microsoft e SAP.[1] Entre as razões apontadas para o engajamento das empresas nestes projetos são citados a maximização de lucros (na área de software as empresas disseminam o código fonte e auferem lucros com instalação, manutenção, treinamento, consultoria e certificações), razões tecnológicas (a difusão de um padrão pode ser uma estratégia de posterior aprisionamento em desenvolvimentos futuros)  razões sociais (com intuito de aumentar a reputação da empresa no mercado). Alguns dos pools de patentes licenciados de forma aberta incluem o Golden Rice Pool assinado em 2000 prevê o licenciamento das patentes envolvidas nesta tecnologia, de empresas como a Syngenta, Bayer, Monsanto, Orynova e Zeneca Mogen; o Eco-Patent Commons, um pool de patentes que pode ser licenciado gratuitamente no intuito de estimular investimentos em tecnologias que permitam a conservação da natureza e que reúne patentes de empresas como Bosch, DuPont, IBM, Sony, Nokia e Xerox. A UNITAID tem financiado desde 2010 um fundo de patentes (Medicines Patent Pool) com sede em Genebra com intuito de licenciar medicamentos para o tratamento de AIDS, malária e tuberculose, preferencialmente para países subdesenvolvidos. O pool inclui patentes da NIH e Gilead. A WIPO patrocina o Re: Search Initiative criado em setembro de 2011 com o objetivo de formar um pool de patentes para institutos de pesquisa compartilharem seus resultados relativo a doenças tropicais negligenciadas que afetam cerca de um bilhão de pessoas no mundo. A iniciativa é baseada no Pool for Open Innovation against Negleted Tropical Diseases (POINT) lançado em 2009 pela GlaxoSmithKline e Alnylam.


[1] ZIEGLER, Nicole; GASSMANN, Oliver FRIESIKE, Sascha. Why do firms give away their patents for free ? World Patent Information, 2013, p.1-7

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