Na
Inglaterra em Technograph v. Mills & Rockley [1972] RPC 346 a Corte conclui
que se a solução estiver entre as alternativas que valeria a pena o técnico no
assunto tentar não haverá invenção: “eu
não penso que isto signifique que um técnico hipotético deva tentar cada
permutação possível ou combinação de métodos existentes. Isto poderia ser uma
tarefa sem fim. Na passagem que eu cito existe a palavra “de valor”. Assim o
que deve ser supostamente feito [como sendo óbvio] é tentar tudo o que possa
parecer a este técnico como oferecendo qualquer perspectiva de resultados de
valor”.[1]
O conceito de “obvious to try” foi
inicialmente utilizado em Johns Manville Corporation’s Patent [1967] FSR 327
(CA) quando Lord Justice Diplock concluiu que “é suficiente que um técnico no assunto avalie a probabilidade de sucesso
como suficiente para garantir um resultado concreto”.[2] Em Medimmune
v. Novartis [2012] EWCA Civ 1234: “ se a
rota escolhida tem razoável ou justa expectativa de sucesso isso irá depender
de circunstâncias que incluem a habilidade de racionalmente predizer um
resultado bem sucedido, quanto tempo o projeto deve levar, a extensão em que
este campo técnico é inexplorado, a complexidade ou de outra forma de quaisquer
experimentos necessários, se tais experimentos podem ser realizados por meios
de rotina e se o técnico no assunto tomaria uma série de decisões corretas ao
longo do caminho”.[3]
[1] BOCHNOVIC, John. The
inventive step: its evolution in Canada, the United Kingdom and the United
States, IIC Studies, Basel:Verlag Chemie, 1982, p.67
[2] MONOTTI, Ann. Divergent
approaches in defining the appropriate level of inventiveness in patent law,
2012, p.21, http://ssrn.com/abstract=2052695
[3] SMYTH, Darren. The English
approach to obviousness - It all depends on the facts?, 22/09/2016 http://ipkitten.blogspot.com.br/2016/09/the-english-approach-to-obviousness-it.html
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