A Istanbul IP Court da Turquia em decisão de 2014
analisou a patenteabilidade de reivindicações de segundo uso médico, concluindo
que as patentes concedidas pela EPO segundo a EPC1973 (antes portato da entrada
em vigor da EP2000) eram nulas uma vez que o fundamento legal para tais
patentes foi introduzido na EPC apenas com a nova redação do artigo 54(4) na
reforma da EPC2000: “Paragraphs 2 and 3
shall not exclude the patentability of any substance or composition, comprised
in the state of the art, for use in a method referred to in Article 53(c),
provided that its use for any such method is not comprised in the state of the
art”. Este entendimento contraria a decisão do Enlarged Boards of Appeal em
em G5/83 em 1984 concluíra que tais reivindicações seriam admitidas pela
EPC1973. A Suprema Corte da Turquia em decisão de 2015 reverteu esta decisão e reconheceu
que a EPC1973 não possuía nenhuma indicação explícita de que aceitava
reivindicações de segundo uso médico o que somente veio a ocorrer na EPC2000,
contudo G5/83 já havia concluído pela patenteabilidade, portanto a Suprema
Corte entende que não houve qualquer modificação nesse sentido na EPC quanto a
patenteabilidade dos segundos usos médicos. A lei de patentes da Turquia não
sofreu qualquer modificação no artigo 6 quando delimita as matérias excluídas
da proteção patentária e não há qualquer exclusão aos segundos usos [1].
[1] ERCIYAS, Selin. International report - Supreme Court
overturns IP court decision declaring second medical use patent null and void,
21/10/2015 http://www.iam-media.com/
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