sexta-feira, 17 de março de 2017

India: falta harmonização nas regionais do IPO


Dinesh Kumar Sharma mostra que após a decisão da Suprema Corte no caso Novartis as ambiguidades na interpretação da seção 3(d) por parte do escritório de patentes da Índia persistem, por exemplo em Fresenius Kabi Oncology Limited v Glaxo Group Limited (ORA/17/2012/PT/KOL) e Ajanta Pharma Ltd v Allergan (ORA/21/2011/PT/KOL): “a mera conclusão que os compostos do estado da técnica são similares aos reivindicados não parece ser um fundamento adequado para uma rejeição com base na seção 3(d)”. Dinesh Kumar Sharma também a critica a exigência muitas vezes feita por algumas sedes do escritório de patentes indiano de que o depositante apresente os dados de melhoria na eficácia terapêutica do medicamento no momento do depósito, simplesmente porque tais dados na maior parte dos casos somente estão disponíveis após o depósito. Nesse respeito, contudo, o Manual de Exame permite uma emenda no relatório descritivo para tal compropvação da eficácia terapêutica segundo a seção 59 do Patent Act. Decisões como Decisions 9668/DELNP/2007 (November 8 2016), 6087/DELNP/2005 (January 13 2015), 219/KOLNP/2008 (March 8 2016), 991/MUMNP/2003 (September 3 2015), 630/DELNP/2008 (November 11 2014) and 3179/DELNP/2008 (February 6 2013) tem sido restritivas para tais emendas enquanto Decisions 1119/DEL/2007 (January 24 2017), 3140/KOLNP/2007 (August 25 2015), 983/MUMNP/2012 (January 25 2017), 6476/DELNP/2007 (December 23 2015) and 495/MUMNP/2009 (September 18 2014) tem sido liberais na aceitação de tais emendas. Isto mostra que a regra vem sendo aplicada de forma diferenciada por cada uma das sedes do escritório de patentes, o que demonstra falta de clareza nas diretrizes de exame[1].


[1] SHARMA, Dinesh. Section 3(d) of the Patents Act: interpretation continues to remain subjective, 15/03/2017 http://www.lexology.com

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