Na ex Tchecoslováquia
em 1959 engenheiro Karl Drbal teve uma
patente concedida CZ 91.304 para dispositivo
de plástico em forma de pirâmide capaz de recuperar o fio de corte de lâminas de
aço de barbear usadas. O princípio de funcionamento remonta antigas teses
egípcias sobre as pirâmides construídas nos tempos dos faraós.[1] Karl
Drbal era um engenheiro de rádio
aposentado e depositou sua patete em 1949, e durante os dez anos de exame junto
ao escritório de patente teve de apresentar diversos dados experimentais e
artigos que confirmassem o funcionamento do dispositivo: “inicialmente, quando
requeri a patente, o fato se tornou quase uma piada para mim e meus amigos,
engenheiros de rádio como eu, que me encorajaram a fazer o requerimento para
ver como reagiria o Departamento de patentes expedindo uma patente sobre um
aparelho de barbear do faraó”. Uma das recomendações é a de que a lâmina deve
ficar com o seu eixo longitudinal na direção do componente horizontal do campo
magnético da Terra. O modelo da pirâmide foi construído em papelão com 8cm de
altura e 12,5 cm de linha de base (altura da pirâmide vezes π/2) mantendo as
proporções da pirâmide egípcia de Quéops
e foi capaz de mostrar eu funcionamento para o engenheiro metalúrgico
encarregado no exame que defendeu a concessão da patente junto à Comissão
examinadora: “estou certo que, sem o auxílio desse honesto examinador, a
<estranha> patente hoje não existiria”. Outras relações entre altura e
base são capaz de afetar o fio da lâmina de barbear do mesmo modo. O inventor
ressalta que o aparelho descrito não é um afiador mas um regenerador do fio de
corte: “esta invenção foi testada especialmente para um aparelho na forma de
pirâmide, mas não se limita a esta forma específica, significando que pode ser
válida para outras formas geométrica de material dielétrico empregados tal como
descrito na patente”. A invenção atua no sentido de modificar a estrutura
microcristalina do bordo afiado que deve ser aço da melhor qualidade, removendo
as moléculas bipolares da água dos vazios da estrutura cristalina do fio da
lâmina por meio de uma ação ressonante sobre este dipolo, como se estivesse
“desidratando “ a lâmina de barbear da mesma forma que este efeito de
desidratação ajuda a conservar as múmias egípcias. Karl Drbal afirma ter feito nada menos de 200 barbas com apenas uma
lâmina, a qual era afiada diariamente por meio de uma pequena pirâmide. O sueco
Carl Benedicts em artigo de 1952 “Aenderung der Festigkeit von Metallen und
Nichtmetallen durch eine benetzende Flussigkeit” confirmou este efeito que denominou o chamado
Flussigkeitseffekt o “efeito do mordente líquido”, que produz sobre o aço uma
ação não corrosiva, porém redutora da dureza do aço. Born e Lertes em artigo de
1950 confirmou em Der Born-Lertessche Drehfeldeffekt in Dipolflussigkeiten im
Gebiet der Zentimeterwellen” que as microondas do comprimento do centímetro e
suas harmônicas podem produzir uma rotação acelerada das moléculas bipolares da
água, deste efeito podendo resultar o processo de desidratação. Segundo Karl
Drbal com o auxílio da cavidade ressonante piramidal, ou pelo efeito de
concentração de uma trompa piramidal, a energia proveniente do sol pode ser suficiente.
No número 9 da edição de 1973 da revista Esotera (BRD), nas páginas 799-800,
Hans Joachim Hohn confirma o funcionamento da pirâmide de Queops sobre as
lâminas de barbear. [2] A
invenção de Karl Drbal tornou-se conhecida no Ocidente após a publicação de Psychic discoveries behind the Iron Curtain
de Sheila Ostrander em 1970. [3]
[1] DEARY, Terry. Espatosos
egípcios, São Paulo:Melhoramentos, 2004, p. 34
[2] TOTH, Max; NIELSEN, Greg.
A força das pirâmides, São Paulo:Record, 1976, p.124
[3] https://archive.org/details/psychicdiscoveri00shei
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