sábado, 28 de abril de 2018

Patente da pirâmide


Na ex Tchecoslováquia em 1959  engenheiro Karl Drbal teve uma patente concedida CZ 91.304 para  dispositivo de plástico em forma de pirâmide capaz de recuperar o fio de corte de lâminas de aço de barbear usadas. O princípio de funcionamento remonta antigas teses egípcias sobre as pirâmides construídas nos tempos dos faraós.[1] Karl Drbal  era um engenheiro de rádio aposentado e depositou sua patete em 1949, e durante os dez anos de exame junto ao escritório de patente teve de apresentar diversos dados experimentais e artigos que confirmassem o funcionamento do dispositivo: “inicialmente, quando requeri a patente, o fato se tornou quase uma piada para mim e meus amigos, engenheiros de rádio como eu, que me encorajaram a fazer o requerimento para ver como reagiria o Departamento de patentes expedindo uma patente sobre um aparelho de barbear do faraó”. Uma das recomendações é a de que a lâmina deve ficar com o seu eixo longitudinal na direção do componente horizontal do campo magnético da Terra. O modelo da pirâmide foi construído em papelão com 8cm de altura e 12,5 cm de linha de base (altura da pirâmide vezes π/2) mantendo as proporções da pirâmide egípcia de Quéops  e foi capaz de mostrar eu funcionamento para o engenheiro metalúrgico encarregado no exame que defendeu a concessão da patente junto à Comissão examinadora: “estou certo que, sem o auxílio desse honesto examinador, a <estranha> patente hoje não existiria”. Outras relações entre altura e base são capaz de afetar o fio da lâmina de barbear do mesmo modo. O inventor ressalta que o aparelho descrito não é um afiador mas um regenerador do fio de corte: “esta invenção foi testada especialmente para um aparelho na forma de pirâmide, mas não se limita a esta forma específica, significando que pode ser válida para outras formas geométrica de material dielétrico empregados tal como descrito na patente”. A invenção atua no sentido de modificar a estrutura microcristalina do bordo afiado que deve ser aço da melhor qualidade, removendo as moléculas bipolares da água dos vazios da estrutura cristalina do fio da lâmina por meio de uma ação ressonante sobre este dipolo, como se estivesse “desidratando “ a lâmina de barbear da mesma forma que este efeito de desidratação ajuda a conservar as múmias egípcias. Karl Drbal afirma ter feito nada menos de 200 barbas com apenas uma lâmina, a qual era afiada diariamente por meio de uma pequena pirâmide. O sueco Carl Benedicts em artigo de 1952 “Aenderung der Festigkeit von Metallen und Nichtmetallen durch eine benetzende Flussigkeit”  confirmou este efeito que denominou o chamado Flussigkeitseffekt o “efeito do mordente líquido”, que produz sobre o aço uma ação não corrosiva, porém redutora da dureza do aço. Born e Lertes em artigo de 1950 confirmou em Der Born-Lertessche Drehfeldeffekt in Dipolflussigkeiten im Gebiet der Zentimeterwellen” que as microondas do comprimento do centímetro e suas harmônicas podem produzir uma rotação acelerada das moléculas bipolares da água, deste efeito podendo resultar o processo de desidratação. Segundo Karl Drbal com o auxílio da cavidade ressonante piramidal, ou pelo efeito de concentração de uma trompa piramidal, a energia proveniente do sol pode ser suficiente. No número 9 da edição de 1973 da revista Esotera (BRD), nas páginas 799-800, Hans Joachim Hohn confirma o funcionamento da pirâmide de Queops sobre as lâminas de barbear. [2] A invenção de Karl Drbal tornou-se conhecida no Ocidente após a publicação de Psychic discoveries behind the Iron Curtain de Sheila Ostrander em 1970. [3]



[1] DEARY, Terry. Espatosos egípcios, São Paulo:Melhoramentos, 2004, p. 34
[2] TOTH, Max; NIELSEN, Greg. A força das pirâmides, São Paulo:Record, 1976, p.124
[3] https://archive.org/details/psychicdiscoveri00shei

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