Donald
Chisum destaca princípio fixado pela Suprema Corte em Knapp v. Morss 150 US 221
(1893) e em Peters v. Active Mfg. 129 US 530 (1899) de que “aquilo será
contrafação, se posterior, será considerado antecipando a novidade, se
anterior” (that which will infringe, if
later, will anticipate, if earlier). [1]
Este entendimento também foi corroborado em Bristol
Myers Squibb v. Bem Venue Labs.[2]
Neste sentido Lewmar Marine Inc. v.
Barient Inc (1987)[3]
modificou o teste para “aquilo será contrafação literal, se posterior,
será considerado antecipando a novidade, se anterior” (that which literally will infringe, if later in time, anticipates if
earlier than the date of invention). Em American Safety Table v. Singer
Sewing de 1938 a Corte federal conclui que
um produto ou processo que teria sido considerado pertinente como
anterioridade se anterior, necessariamente constitui uma contrafação da patente
tendo aparecido posteriormente à mesma. Como corolário desta regra Blanc v. Weston
a Corte Federal em 1939 estabelece que o produto ou processo que não
constituiria uma anterioridade suficiente capaz de questionar a validade de uma
patente não pode ser considerada como contrafação. De modo inverso o produto ou
processo posterior à patente e que se constitua contrafação deve ser
considerado como anterioridade para mesma patente caso fosse apresentado como
anterior à mesma invenção, assim como pode-se dizer aquilo que não configura
como contrafação não pode ser considerado como anterioridade pertinente. Segundo
Jean Pierre Stenger: “não se pode dizer
logicamente que uma coisa é branca numa situação e preta numa segunda situação”
[4] Em
Mackay Radio & Telegraph v. RCA, a Suprema corte em decisão de 1939 conclui
que o titular de uma antena radiofônica ao evitar uma anterioridade citada
definiu o ângulo de sua antena com uma precisão matemática, de modo que na fase
de contrafação ele não pode abstrair desta precisão e declarar que o
dispositivo litigioso é uma contrafação de sua patente muito embora o ângulo
da antena seja ligeiramente diferente daquele definido na patente.
[1] CHISUM,
Donald. Chisum on Patents, Matthew Bender, 2011, v.1, p.3-36
[2] 246 F.3d
1368, 1378 (Fed.Cir.2001) cf. BROWN, Anne; POLYAKOV, Mark. The accidental and
inherent anticipation doutrines: where do we stand and where are we going ? The
John Marshall Review of Intellectual Property Law, v.63, 2004, p.88
[3] 827 F.2d
744, 3 USPQ2d 1766 (Fed.Cir.1987) cert. denied 484 US 1007 (1988)
[4] STENGER, Jean Pierre. La contrefaçon de brevet en droit français et
en droit américain. Collection Hermes, Ed. Cujas: Paris, 1965, p.110
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