O estatuto de Veneza de 1474 se
refere aos conceitos de utilidade, novidade e engenhosidade (nuovo et ingegnoso artificio)[1]
para concessão de uma patente. Para Giulio Mandich esta passagem deve ser
interpretada como uma referência ao mérito inventivo no sentido de que a
invenção não deve ser trivial. [2]
Karl Beier, contudo, discorda deste entendimento, e interpreta a referência ao
mérito inventivo como um elemento adicional ao que já atenderia as condições de
patenteabilidade, uma vez que observando-se as patentes concedidas em Veneza
nos séculos XV a XVII somente em raros casos de faz referência à originalidade
da invenção, ao passo que os conceitos de novidade e utilidade são enfatizados.
Tais conceitos, exceto pelo de atividade inventiva, serão incorporados no
Estatuto dos Monopólios da Inglaterra em 1624. Para John Duffy a não
incorporação do conceito de atividade inventiva foi o resultado de décadas de
abuso do sistema de patentes inglês. O objetivo primordial do Estatuto dos
Monopólios foi o de suprimir tais abusos, de modo que a exigência de um mínimo
de inventividade deixou de ser o foco neste momento.[3] O
Estatuto dos Monopólios de 1624 exigia novidade das invenções para concessão de
uma patente, porém, não incluía o critério de atividade inventiva, que só foi
formalmente incorporado na legislação três séculos depois. A lei de patentes de
1932[4]
seguindo recomendações do Sargant
Committee[5]
estabelecia a falta de atividade inventiva como fundamento para anulação de uma
patente.
John Bochnovic aponta uma
imprecisão terminológica uma vez que a seção VI do Estatuto dos Monopólios se
refere ao primeiro inventor[6] de
modo que nas decisões que se seguiram o termo invention ora era usado para significar a atividade inventiva ora
para significar o próprio objeto de proteção[7]. As
dificuldades burocráticas e o custo para aquisição de uma patente já constituíam
impedimentos por si só suficientes tornando desnecessária a existência de um
critério substantivo de concessão adicional ao de novidade.[8]
Nesse período, as Cortes inglesas, contudo, já vinham adotando a exigência de
atividade inventiva alargando o conceito de novidade. Edward Coke em comentário
ao Estatuto dos Monopólios em 1641 menciona uma decisão dos tribunais publicada
em 1600 sobre o indeferimento de uma patente de tratamento de minérios
concedidas a Bircot em que se observa que um aperfeiçoamento em tecnologia conhecida
de modo a torná-la mais vantajosa não constitui matéria que possa ser
patenteada. Tal adição seria como “acrescentar
um botão novo a um casaco velho. É muito mais fácil acrescentar do que inventar
(invent)”. Frank Prager chama a atenção para o uso do termo “invent” em seu sentido moderno, ou seja,
incorporando o conceito de algo novo e inventivo.[9]
Também na Alemanha um julgamento
de uma patente em Ausgburg em 1601 rejeitou a possibilidade de patente para um
órgão inventado pelo músico Hans Hassler por ser um aperfeiçoamento de um
instrumento já existente: “sempre será
muito fácil acrescentar alguma coisa a um objeto previamente inventado e desta
forma aperfeiçoá-lo ao invés de inventar algo novo pela primeira vez”.[10] Em
1711 em Mitchell v. Reynolds a Corte inglesa observa que uma patente não deve
ser concedida para nada além do que uma “recompensa
razoável para genialidade e indústria incomum”.[11] Esta
abordagem de e rejeitar patentes para aperfeiçoamentos começou a ser desfeita
apenas com Morris v. Bransom (1776)[12].
Segundo Lord Mansfield: “se a objeção à
uma patente pelo fato desta ser meramente uma adição a uma máquina antiga fosse
prevalecer, tal objeção significaria repelir quase todas as patentes já
concedidas”.
Thomas Webster em livro escrito
em 1841 conclui: “qualquer mudança,
embora pequena, se conduzir a um resultado benéfico nas artes e manufaturas, é
suficiente para suportar uma patente”.[13] Em
Crane v. Price de 1842 o juiz Tindal se refere a necessidade de um critério
adicional ao de novidade ao exigir da patente uma “quality or degree of invention”. Segundo a Corte: “se o resultado produzido pela combinação de
coisas conhecidas for um novo artigo, ou um artigo melhor, ou um artigo mais
barato ao público, do que aquele produzido pelo método antigo, tal combinação é
uma invenção [...] e pode ser patenteada”. Segundo o juiz: “para a invenção ser considerada nova e útil
ao público não é relevante se ele seja o resultado de longos experimentos e
profunda pesquisa ou se resultado de um súbito e sortudo pensamento, ou mera
descoberta acidental”[14]. Em
Harwood v. Great Northern Ry (1864) a patente foi negada por falta de novidade
ainda que houvesse uma diferença não substantiva com o estado da técnica. Em
White v. Toms (1868) a patente igualmente foi negada por falta de atividade
inventiva. Em American Braided Wire v. Thompson (1889) a questão sobre
obviedade também foi discutida, em que Lord Herschell pela primeira vez utiliza
o termo “obvious” ao discutir o
conceito de atividade inventiva[15]. Em
Blakey v. Latham (1889) a Corte conclui que uma invenção não é dita nova
simplesmente porque nunca foi vista antes: “para
ser nova no sentido conferido em patentes, é necessário que a novidade deve
mostrar alguma invenção”. Em Willians v. Nye (1890) a Corte considerou como
não sendo inventiva a combinação de uma máquina conhecida de moer carne com uma
máquina conhecida de enchimento de salsichas unidas numa única máquina[16]. Em
Vickers Sons & Co. v. Siddell (1890) a Corte novamente utiliza-se do termo
“obvious”[17] ao
discorrer sobre uma invenção considerada simples, porém inventiva: “a experiência tem mostrado que não poucas
invenções, algumas das quais revolucionaram a indústria neste país, foram de um
caráter tão simples que uma vez que tenham sido conhecidas era difícil de
acreditar como tal ideia demorou tanto tempo para ser apresentada, ou não
acreditar que tal ideia deveria ter sido óbvia para qualquer um”. [18] Em
Elias v. Grovesend (1890) Lord Justice Lindley conclui que “eu penso que a tendência agora é evitar que
sejam concedidas patentes para coisas triviais que não mereçam a recompensa de
um monopólio, e que não possuem importância suficiente para justificar uma
terrível restrição sobre o público em geral de não utilizar-se tal método óbvio”[19].
Em Sharp & Dohme v. Boots
Pure Drug (1928) Lord Diplock confirmou entendimento de que aquilo que pode ser
realizado pelo perito na técnica dentro de sua rotina de trabalho não pode ser
objeto de patente, o que ficou conhecido como “Cripps question”[20],
diante da pergunta colocada por Stafford Cripps um dos advogados do réu: “seria óbvio para todos os propósitos
práticos para um químico especialista no conhecimento de química na data da
patente, que consiste na literatura disponível e no conhecimento geral de
química que chegaria na invenção ?”. [21] Em British
Celanese v. Courtalds [1935] 52 RPC 171 a Corte concluiu que a mera disposição
de dois elementos lado a lado de modo que cada qual desempenhe sua função de
forma independente não constituía uma invenção patenteável, por outro lado
quando, há uma inter-relação entre tais elementos que produza um resultado
aperfeiçoado ou novo haverá uma invenção patenteável.[22] O
Patents Act de 1949 não possui qualquer referência direta a atividade
inventiva.[23]
O Patents Act de 1977 estabelece no artigo 3° o critério de atividade inventiva
como aquilo que não é óbvio para o técnico no assunto (person skilled in the art).[24]
Em Windsurfing Int. v. Tabur
Marine [1985] RPC 59 (CA) a Corte de Apelações identificou quatro etapas na
avaliação de obviedade: 1) identificar a essência da invenção embutida na
patente (deve-se buscar a essência da reivindicação – core, kernel or essence of the invention), 2) fornecer como
informação de partida a um destinatário habilitado porém não imaginativo (normally skilled but unimaginative addressee)
sobre o conhecimento comum do estado da técnica na data de prioridade do
pedido, 3) identificar as diferenças, se houver, entre a matéria conhecida e a
alegada invenção, 4) decidir se estas diferenças, vistas sem o conhecimento da
alegada invenção, constituem etapas que teriam sido óbvias ao técnico no
assunto ou se estas exigiriam qualquer grau de invenção.[25]
Para Lisa Almgren o valor do teste não é propriamente alterar a subjetividade
da questão decisiva sobre inventividade, mas o de ser uma abordagem estruturada
para decisão.[26]
O teste em Windsurfing, contudo,
foi alvo de críticas. Em Biogen v. Medeva[1997] RPC 1 (HL) Lord Hoffmann
conclui: “uma afirmação adequada do
conceito inventivo [etapa 1 do teste] necessita incluir alguma referência
expressa ou implícita ao problema a qual a invenção busca superar”. Em
Pozzoli SPA v BDMO SA [2007] EWCA Civ 588, o teste foi reformulado procurando
dar menos ênfase a determinação do “conceito inventivo”, ao invés disso,
concentrando o foco na invenção reivindicada[27]. As
etapas do teste em Pozzoli compreendem: (1)(a) identificar a noção de técnico
no assunto, (1)(b) identificar o conhecimento geral comum relevante (common general knowledge) desta pessoa;
(2) identificar a essência da invenção da reivindicação, ou, caso não seja
possível de forma direta, elabore uma; (3) identificar as diferenças, se
houver, entre a matéria citada e a alegada invenção; (4) decidir se estas
diferenças, vistas sem o conhecimento da alegada invenção, constituem etapas
que teriam sido óbvias ao técnico no assunto ou se estas exigiriam qualquer
grau de invenção[28].
Em KCI Licensing Inc & Ors v
Smith & Nephew Plc & Ors [2010] EWHC 1487 a Corte identificou uma
situação em que uma informação que não é revelada por um documento do estado da
técnica e nem faz parte do common general
knowledge pode ser usada para análise de atividade inventiva se provado que
o técnico no assunto diante de tal problema seria levado a buscar tal aspecto na
literatura como um procedimento de rotina: “por
exemplo, se o problema é o de como formular uma substância farmacêutica para
administração ao paciente pode-se assumir que o formulador experiente iria, por
questões de rotina, iniciar em avaliar as propriedades químicas e físicas da
substância com base na literatura ou por meios de testes de rotina. Desta forma,
é legítimo usar esta informação para avaliar a atividade inventiva, uma vez que
é óbvio que o técnico no assunto obteria esta informação e não porque esta
informação faça parte do conhecimento geral comum”.[29]
Em Brugger v Medic-Aid Ltd [1996] RPC 635 o juiz conclui que uma rota óbvia de
ser tentada não é considerada inventiva ainda que existam várias rotas a serem
testadas.[30]
Em Johns-Manville Corporations Patent, [1967] RPC 479 uma patente referente ao
uso de agentes de floculação na fabricação de amianto foi considerada não
inventiva uma vez que o mesmo agente era encontrado em processos de filtragem
similares na indústria de papel e de mineração, sendo considerado óbvio de se
tentar o mesmo agente na indústria de amianto com razoável expectativa de
sucesso. Em Cingapura o guia de exame de 2016, baseado na decisão inglesa em Datacard
Corp. v Eagle Technologies Ltd [2011] RPC 17 destaca (item 4.29) que o conceito
inventivo usado na análise atividade inventiva pode ser mais amplo que o
reivindicado. Se o depositante reivindica sua invenção de forma ampla, o
conceito inventivo usado na análise de atividade inventiva deve ser ao menos
equivalente a esta mesma amplitude.
O teste em Windsurfing/Pozzoli não
destaca o problema técnico sendo resolvido. Em Lalvani et al’s Patent
BLO/220/13 o escritório inglês de patentes considerou que embora o problem solution approach da EPO seja
persuasivo, a abordagem a ser usada na avaliação da atividade inventiva é a
prevista em Windsurfing/Pozzoli. Paul Cole observa que o Patent Act de 1977 não
faz qualquer referência ao problema técnico o que revela uma resistência das
Cortes inglesas em adotar a abordagem problema solução da EPO. Em Symbian v.
Comptroller [2008] EWCA (Civ) 1066 reconhece como válidas os critérios
propostos em Windsurfing e atualizados em Pozzoli, contudo, estas “embora úteis, não devem necessariamente ser
seguidos cegamente pelas Cortes”.[31] Lisa
Almgren argumenta que as Cortes inglesas tendem a analisar a atividade
inventiva como uma questão de fato enquanto a EPO tende a fazer uma avaliação
tendo em vista aspectos legais ao defender o critério PSA demonstrando
relutância em aceitar critérios circunstanciais como sucesso comercial e
necessidade de longa data não atendida. Para Lisa Almgren a adoção do PSA pela
Inglaterra traria maior segurança jurídica às decisões em relação ao critério
adotados pelas cortes inglesas. Em Biogen v. Medeva [1997] RPC 1 a Corte se
aproxima da adoção do critério PSA[32]. Uma
consulta pública realizada em 2006 conclui que não havia necessidade em um
futuro imediato de se promover qualquer mudança na lei no que diz respeito à
análise de atividade inventiva, muito embora a pesquisa tenha detectado
problemas na consistência da aplicação do critério entre diferentes áreas
tecnológicas.[33]
[1] BEIER, Karl. The
inventive step in its historical development, 1986, IIC, v.17, n.3, p.302
[2] MANDICH, Giulio. Le
privative industriali Veneziane, Rivista di Diritto Comerciale, 1936,
1450-1550, p.511-518 cf. STENGER, Jean Pierre. La contrefaçon de brevet en
droit français et en droit américain. Collection
Hermes, Ed. Cujas: Paris, 1965, p.8; PIERCE, Scott. Common Sense: Treating
Statutory Non-Obviousness as a Novelty Issue, Santa Clara Computer and High
Technology Law Journal, v. 25, p. 551, 2009
[3] DUFFY, John. Inventing
Invention: A Case Study of Legal Innovation. Texas Law Review, v.1, n.4, 2007,
p.17, 21
[4] BEIER, Karl. The
inventive step in its historical development, 1986, IIC, v.17, n.3, p.301-323;
GRATWICK, S. Having regard to what was known and used, 1972, v.88, LQR, 341;
BOCHNOVIC, J. The inventive step: its evolution in Canada, the United Kingdom
and the United States, Munich, Max Plank, 1982; WILKINSON, M. Patents: nventive
step, collocation, validity and infringment, 2005, v.27 EIPR, p.47-50; COLE,
Paul. KSR and standards of inventive step: a european view, the John Marshall
Review of Intellectual Property Law, 2008,
http://repository.jmls.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1173&context=ripl
[5] MONOTTI, Ann. Divergent
approaches in defining the appropriate level of inventiveness in patent law,
2012, p.4, http://ssrn.com/abstract=2052695
[6] shall not extend to any letters patents (b) and grants of privilege for
the term of fourteen years or under, hereafter to be made, of the sole working
or making of any manner of new manufactures within this realm (c) to the true
and first inventor (d) and inventors of such manufactures, which others at the
time of making such letters patents and grants shall not use (e), so as also
they be not contrary to the law nor mischievous to the state by raising prices
of commodities at home, or hurt of trade, or generally inconvenient (f): the
same fourteen years to be acccounted from the date of the first letters patents
or grant of such privilege hereafter to be made, but that the same shall be of
such force as they should be if this act had never been made, and of none other
(g). https://en.wikipedia.org/wiki/Statute_of_Monopolies
[7] BOCHNOVIC, John. The
inventive step: its evolution in Canada, the United Kingdom and the United
States, IIC Studies, Basel:Verlag Chemie, 1982, p.13, 18, 27, 30
[8] DUFFY, John, Invention
invention: a case study of legal innovation, Texas Law Review, v.86, n.1, 2007,
p. 24 https://www.utexas.edu/law/conferences/ip/DuffyPaper.pdf cf. Comité
Permanente sobre el Derecho de Patentes: Vigésima segunda sesión, Genebra, 2015
Study on inventive, p.3 step http://www.wipo.int/meetings/es/details.jsp?meeting_id=35591
[9] CARVALHO, Nuno. A
estrutura dos sistemas de patentes e de marcas: passado, presente e futuro. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 306; PRAGER, Frank. Standards of Patentable
Invention from 1474 to 1952, The University of Chicago Law Review, v. 20, n. 1 (Autumn,
1952), p.72
[10] BEIER, Karl. The
inventive step in its historical development, 1986, IIC, v.17, n.3, p.303
[11] BEIER,op.cit.p.310
[12] PRAGER, Frank.
Standards of patentable invention from 1474 to 1952. University of Chicago Law
Review, v.20, n.1, 1952, p.72
[13] DUFFY, John. Inventing
Invention: A Case Study of Legal Innovation. Texas Law Review, v.1, n.4, 2007,
p. 37
[14] BEIER, Karl. The
inventive step in its historical development, 1986, IIC, v.17, n.3, p.311
[15] BOCHNOVIC, John.
op.cit., p.16; DUFFY, John. Inventing Invention: A Case Study of Legal
Innovation. Texas Law Review, v.1, n.4, 2007, p. 26; THOMAS, John, et al. Panel
1: KSR V. TELEFLEX: The Nonobviousness Requirement of Patentability, Fordham
Intell. Prop. Media & Ent. L.J. 2007, p.880
[16] ALMGREN, Lisa.
Inventive step. Master thesis in comparative law, Faculty of Law, University of
Lund, London, 2000, p.34; BOCHNOVIC, John. The inventive step: its evolution in
Canada, the United Kingdom and the United States, IIC Studies, Basel:Verlag
Chemie, 1982, p.76
[17] ALMGREN, Lisa.
Inventive step. Master thesis in comparative law, Faculty of Law, University of
Lund, London, 2000, p.18
[18] BEIER, Karl. The
inventive step in its historical development, 1986, IIC, v.17, n.3, p.311
[19] BOCHNOVIC, John.
op.cit, p.17
[20] BOCHNOVIC, John.
op.cit. p. 21, 60
[21]
https://en.wikipedia.org/wiki/Cripps_question
[22] ALMGREN, Lisa.
Inventive step. Master thesis in comparative law, Faculty of Law, University of
Lund, London, 2000, p.35; COLE, Paul. KSR and standards of inventive step: a
european view, the John Marshall Review of Intellectual Property Law, 2008, p.
31
[23]
http://www.legislation.gov.uk/ukpga/1949/87/pdfs/ukpga_19490087_en.pdf
[24]
http://www.legislation.gov.uk/ukpga/1977/37/contents
[25] GRUBB, Philip, W.
Patents for Chemicals, Pharmaceuticals, and Biotechnology: Fundamentals of
Global Law, Practice, and Strategy; Oxford University Press, 2004, p.63; Manual
of Patent Practice (MoPP), 2015, p. 80
https://www.gov.uk/government/publications/patents-manual-of-patent-practice
[26] ALMGREN, Lisa.
Inventive step. Master thesis in comparative law, Faculty of Law, University of
Lund, London, 2000, p.23
[27] MONOTTI, Ann. Divergent
approaches in defining the appropriate level of inventiveness in patent law,
2012, p.10 http://ssrn.com/abstract=2052695
[28]
https://en.wikipedia.org/wiki/Inventive_step_and_non-obviousness
[29] Manual of Patent
Practice (MoPP), 2015, p. 87
[30] Manual of Patent
Practice (MoPP), 2015, p. 101
[31] COLE, Paul. KSR and
standards of inventive step: a european view, the John Marshall Review of
Intellectual Property Law, 2008, p.24
http://repository.jmls.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1173&context=ripl
[32] ALMGREN, Lisa.
Inventive step. Master thesis in comparative law, Faculty of Law, University of
Lund, London, 2000, p.68
[33] MONOTTI, Ann. Divergent
approaches in defining the appropriate level of inventiveness in patent law,
2012, p.25 http://ssrn.com/abstract=2052695
http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20140603093549/http://www.ipo.gov.uk/response-inventive.pdf
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