sexta-feira, 5 de abril de 2019

Patente da máquina de costura


Elias Howe obteve patente US4750 para uma máquina de costura combinando agulhas, com orifícios nas pontas, em lados opostos de um tecido. Isaac Singer patenteou diversos aperfeiçoamentos que tornaram a máquina de Howe operacional, entre os quais o acionamento a pedal, o funcionamento vertical da agulha e uso de uma roda serrilhada para fazer avançar o tecido a cada ponto[1]. Ao todo a máquina de costura possuía dez invenções consideradas essenciais das quais Singer possuía apenas duas das patentes.[2] Um não poderia utilizar a patente do outro sem autorização, o que impedia a fabricação de uma máquina aplicando os conceitos das patentes de Howe e Singer. Ao final em 1856 ambos chegaram a um acordo pelo qual Singer concordava em pagar a Howe direitos pela fabricação das máquinas de costura, uma taxa de 15 dólares para cada máquina de costura vendia era destinada a um fundo comum. [3] As vendas de máquina de costura que em 1853 eram de apenas 2200 chegaram a cerca de meio milhão de unidades em 1870.[4] Os desenvolvimentos de Singer prosseguiriam com a primeira máquina na qual a agulha se movia para cima e para baixo em vez de se mover de um lado ao outro, além de ser introduzido o pedal deixando as mãos livres para conduzir o tecido,,muito embora na Inglaterra fosse considerado anti feminino o uso de pedais e perigosa para os tornozelos, além de suspeitas de que prejudicasse a fertilidade das mulheres[5].



[1] READERS'S DIGEST, História dos grandes inventos, Portugal, 1983, p.204
[2] POTTAGE, Alain; SHERMAN, Brad. Figures of invention: a history of modern patent law. Oxford University Press, 2010, p.38
[3] CAMP, Sprague. A história secreta e curiosa das grandes invenções.Rio de Janeiro:Lidador, 1964, p. 128; POTTAGE, Alain; SHERMAN, Brad. Figures of invention: a history of modern patent law. Oxford University Press, 2010, p.38
[4] MOKYR, Joel. The lever of riches: technological creativity and economic progress, New York:Oxford University Press, 1990, p.142
[5] READER’S DIGEST, Revolução na indústria de 1810 a 1855, Rio de Janeiro: Reader’s Digest, 2011,p. 81

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