Os dados do PINTEC mostram que a propriedade intelectual ainda não está
na agenda da maior parte das empresas brasileiras, o que pode ter impacto nas
suas estratégias de exportação. Por exemplo, a empresa Marcopolo de Caxias do
Sul, fabricante de ônibus, possui fábrica em diversos países como Argentina,
Colômbia, México, África do Sul, Índia e Egito. Segundo o secretário executivo
da Anpei, Naldo Dantas em Seminário realizado no INPI em 26 de abril de 2012, a
Marcopolo ao instalar fábricas no exterior em pouco tempo deixou de adquirir as
autopeças antes importadas do Brasil para fabricação de seus ônibus, para
comprar de fornecedores locais que ofereciam melhor preço. Numa situação
similar, a coreana Hyundai iniciou a instalação de uma fábrica de veículos em
Piracicaba em 2011, com investimentos da ordem de US$ 600 milhões,[1]
em que as autopeças serão fornecidas por empresas coreanas, em muitos casos com
patentes (PI0905616, PI0811364, PI0300059, PI9900932, PI9809210) e desenhos
industriais (BR302012005655, DI7106186 e DI7100797) solicitados no Brasil, ou
seja, a substituição por fornecedores locais será neste caso mais restrita, ao
contrário, do exemplo da Marcopolo. Segundo Naldo Dantas, pelo fato de realizar
um planejamento tomando em consideração questões de propriedade industrial a
empresa coreana pode não apenas se transferir ao Brasil como oferecer
oportunidades de negócio a várias outras empresas coreanas que formam a cadeia
produtiva em torno do produto principal da empresa.
DI7106186
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário