A Corte Federal de Justiça da Alemanha BGH em Formstein [1986] GRUR 11, 803 [BGH] e
[1991] RPC 597 estabeleceu que o meio substituído deve produzir o mesmo efeito
técnico que o meio especificado nas reivindicações (mesmo efeito). O técnico no
assunto deve ser capaz de concluir, sem considerações consideradas inventivas,
que esta substituição atinge a mesma função (obviedade) e por fim ele deve
considerar esta variante como uma solução equivalente (equivalência). Esta
decisão embora não formalmente adotada pela EPC é considerada uma contribuição
importante para o esclarecimento da questão[1]. A
contrafação se estabelece desta forma: (i) quando a matéria se enquadra no
sentido literal das reivindicações,, (ii) quando a matéria se enquadra no
elementos literais e equivalentes diretos (glatte
aequivalente), por exemplo ao substituir um prego por um parafuso, ou (iii)
quando a matéria se enquadra na mesmo conceito inventivo, o que pode incluir
elementos considerados não equivalentes diretos da reivindicação (nicht glatte aequivalente).[2]
Segundo a chamada objeção Formstein um réu de contrafação pode alegar em sua
defesa que a implementação impugnada como equivalente não é uma invenção
patenteada, mas ao invés disso, óbvia em relação ao estado da técnica pelo
técnico no assunto e desta forma não deveria ser considerada como contrafação
da patente.[3]
O acusado de contrafação se conseguir mostrar que seu produto é uma variação
óbvia do estado da técnica, à época do depósito da patente em questão, não
estará em contrafação. [4]Assim
segundo o critério em Formstein a
implementação modificada não é considerada contração por equivalência se esta
modificação for considerada óbvia no
estado da técnica para o técnico no assunto.[5]
Estas mesma conclusão também é observada nos Estados Unidos em Wilson Sporting
Goods v. David Geoffrey & Assoc[6] e na
Inglaterra em Gillette Safety Razor v. Anglo American Trading (1913) 30 RPC 465
(House of Lords) conhecida como “defesa
Gillette”.[7]
[1] STAUDER, Dieter; SINGER, Margareth; European Patente Convention: a
commentary. Thomson:Cologne, 2003, p.
247
[2] GRUBB, Philip, W. Patents
for Chemicals, Pharmaceuticals, and Biotechnology: Fundamentals of Global Law,
Practice, and Strategy; Oxford University Press, 2004, p.425
[3] STAUDER, Dieter; SINGER, Margareth; European Patente Convention: a
commentary. Thomson:Cologne, 2003, p.
247
[4] FRANZOSI, Mario. Non-Obviousness, The Journal of World Intellectual
Property, v.6, n.2, March 2003, p.245
[5] BAECHTOLD,
Robert. The intellectual property review. Law Business Research:Londres, 2014,
p.101
[6] 904 F.2d 677, USPQ 2d
1942 (Fed. Cir. 1990)
[7] GRUBB, Philip, W. Patents
for Chemicals, Pharmaceuticals, and Biotechnology: Fundamentals of Global Law,
Practice, and Strategy; Oxford University Press, 2004, p.438; CORNISH, William,
LLEWELYN, David. Intellectual property: patents, copyright, trademarks and
allied rights. London: Sweet&Maxwell, 2007. p. 172
Nenhum comentário:
Postar um comentário