Em 1943 Max Fisher, dos laboratórios BASF, utilizou uma reação
química para produção de óleos lubrificantes sintéticos a partir do etileno.
Ele percebeu que além do óleo eram produzidos grandes quantidades de um pó
branco, que considerava resíduo. Karl Ziegler trabalhando com Giulio Natta[1] utilizando reação química
semelhante conseguiu produzir polietileno de muito maior resistência do disponível
até então. Natta aplicou com sucesso o catalisador de Ziegler na polimerização
do propileno e outros hidrocarbonetos semelhantes ao etileno.[2] O polipropileno logo se
tornou um importante plástico novo que se prestava à fabricação em forma de
fibra com grande uso na fabricação de mobiliário doméstico, fabricação de cabos
e redes de pesca, entre outras aplicações.[3] Usando os novos
catalisadores tornou-se possível a produção de borracha sintética idêntica à
natural. Com o avanço das pesquisas observou-se que misturas de compostos orgânicos
de alumínio e titânio, conhecidas como catalisadores Ziegler-Natta, podiam ser utilizadas como catalisadores na produção de diferentes
tipos de plásticos.[4] O desenvolvimento de Ziegler foi impulsionado em grande parte como forma de
contornar a patente da ICI em polietileno de alta densidade (PEhd) licenciada
para a empresa alemã IG Farben. Embora o plástico produzido por Ziegler não fosse
propriamente concorrente do plástico produzido pela ICI, as rivalidades em
torno dos desenvolvimentos tecnológicos patenteados das diferentes empresas contribuíram
para uma diversificação dos produtos.[5]
[1] CHALLONER, Jack. 1001
invenções que mudaram o mundo. Rio de Janeiro:Ed. Sextante, 2010, p. 728
[2] ROBERTS, Royston.
Descobertas acidentais em ciências, Campinas:Papirus, 1993, p.229
[3] TREVOR, Williams.
História das invenções: do machado de pedra às tecnologias da informação. Belo Horizonte: Gutenberg, 2009, p.300
[4] LEE.op. cit. p. 195.
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