quinta-feira, 16 de julho de 2020

O quem vem pela frente em impressão 3D

All change in a time of disruptive technology: what’s next for AM and IP? 16 July 2020, EPO


Patrick Dixon, founder and Chairman, Global Change
A grande discussão não se algo irá acontecer mas quando. Ontem tivemos depoimentos de vários investidores mas quando todo isso virá pois estamos apenas no início desta revolução. Em 2010 quando o iPad foi lançado não se tinha noção do que viria. esta é a situação da impressão 3d agora. Grandes avanços são previstos com a fusão de diferentes tecnologias, nanotecnologia, biotecnologia, química, física, tecnologia da informação. Precisamos de mais casos convincentes e promissores pois a indústria muda muito lentamente. Na prática muito das tecnologias antigas ainda estão presentes, precisamos ser realistas com relação ao tempo para tais mudanças pois elas não são tão rápidas quanto a mídia apregoa.  O impacto de robôs por exemplo tem sido anunciado a décadas mas até agora eles estão presentes apenas dentro das fabricas que ainda assim muitas não são robotizadas. Tecnologias com televisão 3d por exemplo foram anunciadas como grande revolução e veja que isso se desfez, nem mais são vendidas. Você pode ter uma tecnologia espetacular mas se ela não resolver problemas reais ela some do mercado. Uma impressão 3d para fabricar os brinquedos de seus filhos será mesmo algo que faz sentido ? muitas coisas por outro lado de fato mudaram muito. Novas pandemias virais poderão vir no futuro com taxas de mortalidade ainda maiores, isso ira redefinir as previsões tecnológicas. Nós ouvimos estórias fantásticas sobre impressão 3D, sem dúvida é uma revolução em andamento, mas que avança de modo bastante diferente de um país para o outro. Hoje as pessoas não toleram ficar cinco segundos esperam um site carregar, estão cada vez mais impacientes. O mesmo em atendimento de telemarketing ao esperar muito tempo. Cerca de 70% das compras de alimentos é feita por pessoas que moram a menos de 80 metros do mercado. Ter quatro anos para ter uma patente é completamente impensável nesse mundo em especial em impressão 3D isso tem que ser repensado de uma vez por todas, pois os ciclos de vida dos produtos estão cada vez menores. Precisamos de algo como o fast track do USPT com patentes concedidas em menos de um ano. A impressão 3D não irá substituir todas as formas de produção precisamos saber como integrá-la nos processos tradicionais. O mundo é muito pequeno para mais de dois sistemas operacionais, mais de dez grandes empresas de medicamentos ou cinco grandes empresas de automóveis e estas empresas continuarão usando métodos tradicionais para produção em massa. A indústria de livros por exemplo pode ser impactada pela impressão 3D mas isso não irá substituir o processo de impressão tradicional. Mas a impressão 3D permite as pequenas empresas produzir produtos de primeira classe em custo reduzido, por exemplo, órgãos humanos artificiais, chips instalados no cérebro para cura da surdez ou análise de DNA. Estamos no meio de um grande book de conhecimento, que dobra a cada doze meses. Pedidos de patente da EPO via PCT aumentou 1.6% em três anos, e apesar de fundamental ele não acompanhou na mesma medida, mas ele só faz sentido se for barato, rápido e a custo razoável para pequenas empresas.  Os custos judiciais e com trolls podem se tornar proibitivos. Cerca de 84% dos litígios em alta tecnologia envolvem patent trolls, somente 1% de fato foram considerados patentes válida, e em 87% o processo foi interrompido pelo acordo entre as partes envolvendo 80 bilhões nos Estados Unidos ou sequer chegaram a litígio, apenas pela ameaça de um processo pois a empresa pode gastar 3 milhões de dólares em custas com advogados e tribunais para se defender de um processo. Precisamos de mais ações coletivas contra isso para protegermos as inovações. Outro problema que vem junto desse boom tecnológico é o roubo de tecnologia e não se trata de um problema apenas com a China mas várias nações, especialmente em impressão 3D quando o produto pode ser contrafeito em minutos depois de ser liberado.  Estamos apenas no início desta revolução precisamos agir agora para ter um sistema de propriedade industrial que possa de fato ser efetivo. 



Cristian Fracassi, CEO and founder, Isinnova
Usamos impressora 3d para produção de protótipos em dispositivos médicos para tratamento do Covid-19 e válvulas de respiradores que foi usado em hospitais na Itália em que reproduzimos a válvula original em apenas alguma horas. Nossa válvula não tem certificação médica mas era uma questão de vida ou morte. A experiência nos motivou a novos desenvolvimentos para equipamentos de proteção individual usados no ambiente hospitalar. Colocamos nosso produtos na internet para que outros fabricantes de impressão 3D possam fabricar os mesmos produtos e usar no tratamento de covid por todo o mundo e tivemos fabricantes na Itália, Brasil, Colômbia e outros países. Essa crise do covid permitiu revermos nossos modelos tradicionais de produção especialmente em um movimento de restrição de mobilidade. Outras áreas em medicina também poderão seguir mesmo modelo para ajudar mais pessoas. Recebi mensagem do Brasil agradecendo pela ideia e para mim foi muito gratificante, fantástico poder ajudar. Nossa ideia de liberar gratuitamente tais projetos é por conta da emergência da pandemia que estamos atravessando. Recebemos um prêmio sobre o trabalho na covid de 5 mil euros o que tem valor simbólico mas importante. Nós patenteamos para garantir nossas invenções e podermos distribuir a custo baixo e não apareça  ninguém pedindo direitos para vender o mesmo produto por milhares de euros.   


Razik Menidjel, Chief Operating Officer, Information & Communications Technology, EPO
Impressão 3D requere o uso de múltiplos instrumentos de proteção da propriedade industrial. Na EPO temos observado o grande aumento de tais depósitos de patentes. A tecnologia envolve diferentes áreas tecnológicos e envolve a cooperação dos diversos atores. Este seminário nos inspira na busca de novas soluções. 

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