[2] MacLEOD, Christine. Inventing the industrial revolution: the english patent system, 1660-1800, Cambridge:Cambridge University Press, 1988 p.2, 97, 145, 157
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Estatísticas de patentes e revolução Industrial
Se no período de 1793 a 1836 a Inglaterra, em plena Revolução
Industrial concedeu cerca de 5 mil patentes, nos Estados Unidos, um país então
predominantemente agrário concedeu cerca de 10 mil. Para Peter Drahos atribui a
diferença devido a significativa diferença nas taxas cobradas pelos dois países,
o que segundo o autor mostra que a quantidade de patentes depositadas e
concedidas tem uma forte correlação com as taxas cobradas pelo escritório do
que propriamente com quantidade de inovações tecnológicas introduzidas no país.
[1]
o grande salto das patentes depositadas ocorre na década de 1760 quando o total
de depósitos da década chega a 205, seguido de 294 da década de 1770, 477 na
década de 1780 e 647 na década de 1790. Christine MacLeod adverte que não se
pode usar estes números para se concluir que houve um surto de inventividade a
partir da década de 1770. A agricultura que em 1800 ainda representava um terço
da força de trabalho respondia com apenas 4% das patentes, o que mostra que o
perfil das patentes não reflete a importância de cada setor na economia,
demonstrando que alguns setores como o de fabricação de motores tinham uma
maior propensão a patentear não necessariamente refletindo uma maior atividade
inventiva do setor. Isto partciularmente se observa no fato de que a maor
quantidade de depósitos no século XVIII ocorre nas regiões próximas a Londres
onde a disseminação do sisema de patentes está mais presente. Segundo Christine
MacLeod[2]
as conclusões de Jacob Scmookler parecem
mais prudentes que recomendam que as estatísticas devam sempre ser lidas dentro
de seu contexto histórico: “nós temos de
escolher entre usar as estatísticas de patentes com cautela e aprender aquilo
que elas podem nos dizer, ou não usá-las e não aprender nada sobre aquilo que as
estatísticas sozinhas nos dizem”
[1] DRAHOS, Peter. The global governance of knowledge: patent offices and their clients. Cambrige University Press:United Kingdom, 2010, p.1009
[2] MacLEOD, Christine. Inventing the industrial revolution: the english patent system, 1660-1800, Cambridge:Cambridge University Press, 1988 p.2, 97, 145, 157
[2] MacLEOD, Christine. Inventing the industrial revolution: the english patent system, 1660-1800, Cambridge:Cambridge University Press, 1988 p.2, 97, 145, 157
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